Archaeognatha
    
    O nome Archaeognatha origina-se do grego ‘archeo', significando antigo, e ‘gnathos', significando mandíbula, e se refere à condição monocondílica em que as mandíbulas se prendem à cápsula cefálica (demais insetos são dicondílicos, i.e., as mandíbulas apresentam dois côndilos). Há cerca de 350 espécies conhecidas, dentro de duas famílias, Machilidae e Meinertellidae. Insetos desta ordem são pequenos, com menos de 20 mm de comprimento, e que possuem 3 cercos finos e longos, onde o mediano é muito maior que os dois externos. Estes podem pular a distâncias de até 10 cm através de flexão do abdome, quando perturbados. Não há metamorfose em Archaeognatha; dos ovos eclodem jovens similares aos adultos em aparência, e que atingem a fase adulta após ao menos 8 ínstares, sendo que os indivíduos continuam a sofrer ecdises na fase adulta. Estes insetos não copulam; machos deixam um espermatóforo no solo para ser coletado por uma fêmea. Em algumas espécies há rituais elaborados de côrte para assegurar que fêmeas localizem o espermatóforo. Archaeoghatha podem ser encontrados sob a casca de árvores, no solo, na serrapilheira ou em fendas de rochas, e são mais ativos à noite, quando se alimentam de algas, musgos, líquens ou matéria orgânica em decomposição. Estes insetos não apresentam importância econômica, muito embora participem na reciclagem de matéria orgânica.